O nível de energia do corpo humano é influenciado pelo estilo de vida de cada indivíduo e dos hábitos adotados no dia a dia. Aqueles que levam uma vida saudável tendem a ter níveis maiores de energia ao longo do dia do que os indivíduos que, por outro lado, não investem em práticas saudáveis em seu cotidiano. Ter ou não energia suficiente para que o organismo realize plenamente todas as suas funções é, portanto, parcialmente uma consequência de escolhas pessoais.
Manter-se bem hidratado é um compromisso com a vida, já que o corpo humano é composto, em sua grande maioria, por água e, portanto, depende dela para seguir funcionando. Dentre os inúmeros benefícios da ingestão de água para a saúde, pode se destacar o ganho de energia corporal. Estudos indicam que a desidratação afeta tanto os níveis de energia quanto o humor e o funcionamento cerebral [1].
Outra forma importante de manter um nível de energia satisfatório é apostar em uma dieta nutritiva. Estudos mostram que dietas baseadas em alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gordura, estão associadas a níveis mais baixos de energia, além de aumentarem o risco de desenvolvimento de diversas doenças. Por outro lado, dietas balanceadas, ricas em nutrientes variados, tendem a beneficiar a saúde de modo geral, inclusive aumentando os níveis de energia [2].
O combate ao sedentarismo também é apontado pela literatura científica como um fator relevante para aumentar os níveis de energia. Estudos feitos com indivíduos sedentários e que sentiam fadiga significativa no dia a dia mostram benefícios nos níveis de energia depois que estes participantes foram submetidos a algumas semanas de prática de exercícios de intensidade moderada [3].
Dormir adequadamente é outro hábito essencial para garantir níveis satisfatórios de energia e combater a fadiga e falta de disposição. Ou seja, deve-se buscar ter um sono de qualidade, restaurador, e com duração compatível com as demandas do seu organismo. Vale ressaltar que existem pesquisas associando distúrbios do sono com fadiga física e mental [4].
Parar de fumar traz diversos benefícios à saúde, inclusive no que diz respeito aos níveis de energia do corpo. As toxinas e demais substâncias maléficas presentes na fumaça comprometem a eficiência dos pulmões, o que, com o tempo, pode implicar na diminuição do transporte de oxigênio pelo corpo. Consequentemente, você tende a se sentir mais cansado e com menos energia [5].
Por mais que seja difícil eliminar completamente o estresse da vida, buscar formas de controlar e amenizar o estresse no dia a dia pode ajudar a melhorar os níveis de energia. De acordo com pesquisas, sentir-se constantemente estressado se associa diretamente ao cansaço excessivo e falta de energia para realizar atividades rotineiras [6].
Referências Consultadas:
[1] Mild dehydration impairs cognitive performance and mood of men | Ganio MS, Armstrong LE, Casa DJ, McDermott BP, Lee EC, Yamamoto LM, Marzano S, Lopez RM; Jimenez L; Le Bellego L; Chevillotte E; Lieberman HR | Br J Nutr. | Novembro de 2011
[2] The share of ultra-processed foods and the overall nutritional quality of diets in the US: evidence from a nationally representative cross-sectional study | Martínez Steele E, Popkin BM, Swinburn B, Monteiro CA | Popul Health Metr. | Fevereiro de 2017
[3] A randomized controlled trial of the effect of aerobic exercise training on feelings of energy and fatigue in sedentary young adults with persistent fatigue | Puetz TW, Flowers SS, O'Connor PJ | Psychother Psychosom. | Fevereiro de 2008
[4] Mental fatigue, work and sleep | Akerstedt T, Knutsson A, Westerholm P, Theorell T, Alfredsson L, Kecklund G | J Psychosom Res. | Novembro de 2004
[5] Effects of smoking on chest expansion, lung function, and respiratory muscle strength of youths | Tantisuwat A, Thaveeratitham P | J Phys Ther Sci. | Fevereiro de 2014
[6] Perceived stress and fatigue among students in a doctor of chiropractic training program | Kizhakkeveettil A, Vosko AM, Brash M, Ph D, Philips MA | J Chiropr Educ. | Março de 2017
LINKS:
1) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21736786
2) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28193285
3) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18277063
4) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15581645
5) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24648624
6) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27552030