Lapsos de memória são relativamente comuns e muitas pessoas já tiveram essa experiência em algum momento da vida. Em alguns casos, esse esquecimento não chega a ser um grande transtorno, mas em algumas situações pode se tornar motivo de embaraço. Uma das formas de evitar, ou pelo menos diminuir esse problema, é fazer exercícios para estimular o cérebro a funcionar de uma maneira melhor. Para isso, conheça algumas atividades que podem virar parte da sua rotina.
Uma das formas mais eficientes de estimular o cérebro é uma atividade que milhões de pessoas ao redor do mundo fazem todos os dias, seja para relaxar, passar o tempo ou até mesmo facilitar a prática de atividades físicas: ouvir música. Esse hábito aumenta os níveis de dopamina no cérebro, um neurotransmissor que atua nas capacidades de memorização e de prestar atenção [1]. Além disso, as músicas estimulam a atividade cerebral nas áreas de motivação e prazer [2].
Sabe aquele baralho esquecido no armário? Está na hora de tirar a poeira desse conjunto de cartas. Seja paciência, canastra, buraco ou can-can, não importa a modalidade escolhida: brincar com um baralho é um excelente jeito de estimular o funcionamento do cérebro, principalmente as áreas responsáveis pela memória e o pensamento, de acordo com um estudo feito em 2015 por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos [3].
Aprender uma língua diferente do seu idioma materno é outro exemplo de como estimular o cérebro. Quem é bilíngue consegue processar informações de uma forma mais rápida, realiza tarefas que envolvem conflitos de uma maneira mais eficaz, torna-se mais criativo e ainda trabalha a memória. Tudo isso ao mesmo tempo em que combate o declínio das funções cognitivas do cérebro [4].
É importante também não esquecer de dedicar pelo menos 30 minutos ou 1 hora do seu dia à prática de exercícios físicos. Esta medida, geralmente, é a primeira a ser recomendada pelos médicos para que seus pacientes vivam mais e melhor. Adultos ativos, por exemplo, mantêm suas funções cognitivas em níveis mais altos que adultos sedentários, mesmo quando desenvolvem algum tipo de demência [5].
Referências Consultadas:
[1] A review of the pathophysiology, etiology, and treatment of attention-deficit hyperactivity disorder (ADHD) | Sharma A, Couture J | The Annals of Pharmacotherapy | Novembro de 2013
[2] Intensely pleasurable responses to music correlate with activity in brain regions implicated in reward and emotion | Blood AJ, Zatorre RJ | Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America | Setembro de 2001
[3] Participation in cognitively-stimulating activities is associated with brain structure and cognitive function in preclinical Alzheimer’s disease | Stephanie Schultz, Jordan Larson, Jennifer Oh, Rebecca Koscik, Maritza N. Dowling, Catherine L. Gallagher, Cynthia M. Carlsson, Howard A. Rowley, Barbara B. Bendlin, Sanjay Asthana, Bruce P. Hermann, Sterling C. Johnson, Mark Sager, Asenath LaRue, Ozioma C. Okonkwo | Brain Imaging and Behavior | Dezembro de 2015
[4] The Cognitive Benefits of Being Bilingual | Viorica Marian, Anthony Shook | Cerebrum | Setembro e outubro de 2012
[5] Physical activity, common brain pathologies, and cognition in community-dwelling older adults | Aron S. Buchman, Lei Yu, Robert S. Wilson, Andrew Lim, Robert J. Dawe, Chris Gaiteri, Sue E. Leurgans, Julie A. Schneider, David A. Bennett | Neurology | Janeiro de 2019
LINKS:
1) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24259638
2) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11573015
3) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4417099/
4) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3583091/
5) https://n.neurology.org/content/92/8/e811